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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

OBESIDADE INFANTIL

Obesidade infantil – ser “fofinho” pode ser um risco fatal para seu filho.

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 1/3 da população mundial está acima do peso considerado ideal, sendo que, nos últimos 20 anos, o número de crianças obesas triplicou. Essa mudança nos padrões é atribuída à prosperidade socioeconômica da população, o que acarretou em um aumento da ingestão de alimentos mais processados, calóricos, gordurosos e açucarados. Em contra partida, houve redução do consumo de frutas e hortaliças, além do tempo dedicado as refeições e a atividade física.

Segundo a nutricionista Janine Lamas, da Clínica Physio Athletic de Ribeirão Preto, a obesidade é resultado do somatório de fatores ambientais, hereditários e psicológicos. Uma criança apresenta 50% de chance de ser obesa na fase adulta se ela for obesa aos seis anos de idade. Entretanto, essa porcentagem cresce de 70 a 80% se a obesidade estiver presente na adolescência.

Vários fatores de risco podem surgir associados ao ganho exagerado de peso como alterações no colesterol e aumento da resistência à insulina. “Essas alterações podem levar a doenças cardiovasculares e diabetes. O excesso de adiposidade pode estar associado a mudanças da função pulmonar que se revelam por meio de surtos de sono durante o dia e apneia. Presença de problemas dermatológicos como estrias e infecções por fungos, além de acantose nigricans, que é o escurecimento da pele, também podem ocorrer”, explica a nutricionista.


ALIMENTOS QUE AJUDAM A PREVENIR O CÂNCER

Frutas e legumes orgânicos são as estrelas do cardápio.

O que frutas vermelhas, uvas, brócolis e tomate têm em comum? Eles estão no topo da lista dentre os alimentos que protegem contra o câncer. O Instituto Americano de Pesquisa do Câncer estima que cerca de 1/3 dos 1,4 milhões de casos de câncer que ocorrem anualmente nos Estados Unidos poderiam ser prevenidos se as pessoas adotassem uma dieta saudável. Se pensarmos que o que comemos se traduz em como o nosso corpo reage, faz todo o sentido frutas e legumes orgânicos serem considerados "estrelas" do cardápio.

Frutas Vermelhas
Framboesa, amora e mirtilo (blueberry) são consideradas uma fonte riquíssima de vitamina C. Flavonóides, ácido elágico, fibras e outros antioxidantes (substâncias que ajudam na proteção das células do corpo contra os danos cumulativos), ajudam a evitar o aparecimento de diversos tipos de câncer, em especial os de cólon, esôfago, pele, bexiga, pulmão e mama.

Uvas
Fruta abundante em antioxidantes, em especial o resveratrol. Pesquisa científica identificou que o resveratrol tem a capacidade de impedir que células cancerosas desenvolvam-se na mama, fígado, estômago e sistema linfático. A maior fonte de resveratrol encontra-se na casca da uva. Outro ponto importante: uvas vermelhas são muito mais ricas em resveratrol do que as uvas verdes.

Brócolis
São vegetais crucíferos, da mesma família da couve-flor, repolho, couve e couve de Bruxelas. Pesquisas descobriram que os vegetais dessa família são ricos em isotiocianatos, que regulam um complexo sistema enzimático que protege as células no nosso corpo contra o câncer de estômago, boca, faringe e laringe (garganta) e esôfago.

Tomate
A cor vermelha do tomate deve-se ao licopeno, antioxidante importante na luta contra o câncer de próstata, mama, útero e melanoma (o mais agressivo tipo de câncer de pele). O interessante é que quanto mais concentrado o tomate, melhor, pois o processamento faz com que o licopeno seja absorvido mais facilmente (extrato de tomate e ketchup, por exemplo).

IMPORTANTE: Vale à pena lembrar que o uso de pesticidas e agrotóxicos de forma não controlada no Brasil ainda constitui um fator preocupante. Por isso, sempre que possível, opte pelos vegetais orgânicos. Nenhum vegetal possui propriedade de prevenir o aparecimento do câncer isoladamente. Para a prevenção do câncer, recomenda-se uma dieta balanceada, que seja rica em vegetais, fibras e carnes magras e pobres em gorduras (saturadas e trans).

Por - Juliana Morato
Link Comunicação Empresarial

DOENÇAS CRÔNICAS NO BRASIL

Mortes por doenças crônicas caem 17% no Brasil. Grupo corresponde a 67% do total de óbitos no país, com 700 mil vítimas em um ano. Diabetes aumenta em 10% no período de 11 anos.

Estudo do Ministério da Saúde aponta queda de 17% nas mortes por doenças crônicas não transmissíveis em 11 anos, entre 1996 e 2007, o que equivale a uma redução média de 1,4% ao ano na taxa de mortalidade. Esse grupo, que representa 67% do total de óbitos no país, inclui as doenças cardiovasculares, as respiratórias crônicas, as neoplasias e o diabetes. Somente em 2007 foram 705,5 mil vítimas dessas doenças. Ao contrário da tendência geral da mortalidade por doenças crônicas, as mortes por diabetes apresentaram aumento de 10% no mesmo período. (Confira a apresentação emwww.saude.gov.br)

Os dados fazem parte do Saúde Brasil 2009, publicação anual da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), que neste ano apresenta os temas relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Em 2010, a ONU recomendou que os países-membros incluam as doenças crônicas não transmissíveis entre as prioridades que estarão em discussão na Assembleia de 2011.

No Brasil, a maior redução entre as doenças crônicas foi registrada nas mortes por doenças respiratórias (enfisema pulmonar, doença pulmonar obstrutivas crônica, asma, etc.), o que equivale a uma queda média de 2,8% ao ano na taxa de mortalidade. Segundo a análise, um dos fatores para esse resultado é a diminuição do tabagismo no país. De 1989 a 2009, o percentual de fumantes na população caiu de 35% para 16,2%.

PROPRIEDADES MEDICINAIS DO ALHO

Propriedades medicinais do alho reduzem a pressão arterial e até previnem câncer.

Com cheiro e sabor únicos, o alho é um tempero muito utilizado na culinária mundial. Nos tempos antigos sua importância ultrapassava os limites da cozinha - o vegetal já foi utilizado como moeda de troca para pagar impostos e comprar escravos e como amuleto para afastar os maus espíritos. “Existem diversas variedades de alho e o que os diferem é o sabor, acidez, tamanho, cor, forma e quantidade de dentes por bulbo”, explica o nutrólogo Maximo Asinelli.

As características individuais do alho são alteradas conforme o modo do cultivo e as condições do clima, do solo e da altitude de cada lugar. “Ele possui vitaminas A, C, B2 e B6, aminoácidos e sais minerais, ferro, iodo, silício, carboidratos, cálcio, selênio e proteínas. Além disso, possui mais de 33 derivados do enxôfre (substâncias sulfuradas), como a alicina, responsável pela maioria de suas propriedades medicinais”, aponta.

A alicina - líquido de coloração amarelada que é formado quando o alho é esmagado - é resultado de um processo químico proveniente da quebra das células do alho e esta substância é que dá a planta seu cheiro característico. Segundo Asinelli, a alicina tem a capacidade de dilatar os vasos sanguíneos, ajudando na circulação do sangue e prevenindo a trombose. “Ela também ajuda a reduzir o colesterol total, o mau colesterol (LDL), os triglicerídeos e a pressão alta”, ressalta.

Há ainda vários outros benefícios derivados da alicina. Ela estimula o fluxo das enzimas digestivas, elimina toxinas através da pele, inibe o desenvolvimentos de bactérias e combate fungos. Também age como um antiviral e ajuda a fortalecer o sistema imunológico, aumentando o número de linfócitos T - células de defesa do sangue. “Por isso o alho atua como expectorante, antigripal, desinfetante, antinflamatório, antisséptico e vermífugo”, complementa o médico.

Para quem quer prolongar sua aparência jovem o alho também é um grande aliado, pois possui ação antioxidante, combatendo os radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento. “O consumo deste vegetal reduz o risco de doenças cardiovasculares, já que reduz a aderência das plaquetas do sangue nas paredes das artérias. Pesquisas indicam que o alho também é benéfico na prevenção do câncer do cólon e do esôfago e ajuda a reduzir o câncer de mama, pele e pulmão”, acrescenta.

A quantidade adequada para consumo da planta é de quatro gramas de alho cru ou oito miligramas de óleos essenciais por dia, o equivalente a um dente de alho, de acordo com entidades como o Ministério da Saúde do Canadá. “O alho tem ação tranquilizante sobre o sistema nervoso e pode ser considerado um alimento anti-estresse. Consumi-lo diariamente contribui para manter o organismo sadio”, garante o especialista.

A melhor forma de consumir a planta e aproveitar todos os seus benefícios é come-lo cru junto com a comida, assim todas as suas propriedades são preservadas. Fazer um chá de alho é outra forma de manter suas características medicinais. “Quando o alho é frito, ele acaba perdendo a maioria de seus nutrientes e consequentemente seu valor nutricional”, afirma Asinelli.

Apesar de trazer beneficiar a saúde em vários aspectos, o alho é contra-indicado para crianças com até quatro anos, mulheres em período de amamentação, quem tem problemas estomacais, úlceras, dermatites ou no pré e pós-operatório de alguma cirurgia. “Em excesso o alho pode provocar dor de cabeça, de estômago, dos rins, má digestão, irritabilidade da mucosa gástrica, azia, gazes e até tonturas”, alerta.

Doutor Maximo Asinelli (CRM-Pr 13037)

Médico Nutrólogo

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS

Saúde atualiza formulário para uso racional de 343 medicamentos.
Publicação orienta sobre prescrição adequada de tratamentos para as doenças que mais atingem a população. Produtos são os mais utilizados no país.
O Ministério da Saúde lançou nesta terça-feira (14), durante o V Fórum Nacional de Assistência Farmacêutica, o Formulário Terapêutico Nacional 2010. A edição atualizada da publicação é um manual de uso de 343 medicamentos disponíveis gratuitamente na rede pública e utilizados no tratamento das doenças que mais atingem a população. O formulário orienta sobre indicação, contra-indicações, cuidados na administração, efeitos adversos e até mesmo sobre o armazenamento dos produtos. “Essa é uma importante ferramenta que, ao orientar os profissionais e gestores de saúde para a adequada prescrição, contribui para o uso racional de medicamentos, que significa a oferta do produto apropriado às condições clínicas do paciente, na dose e no tempo correto de uso”, explicou o diretor de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, José Miguel do Nascimento Júnior. Segundo ele, o formulário também contribui para a melhoria do padrão de atendimento aos usuários e na otimização dos gastos públicos com assistência farmacêutica.

USO RACIONAL – Os 60 mil exemplares do Formulário Terapêutico Nacional 2010 serão distribuídos às equipes da Estratégia Saúde da Família, gestores estaduais e municipais de saúde, entidades representativas da área médica e farmacêutica, faculdades de Farmácia e unidades do Programa Farmácia Popular. A publicação também estará disponível no portal do Ministério da Saúde – www.saude.gov.br
Essa é a segunda edição do formulário. A primeira, com 40 mil exemplares reproduzidos, foi lançada em 2008. Os medicamentos relacionados no livro são os mais utilizados pela população, como antibióticos, antiinflamatórios e medicamentos para diabetes e hipertensão. Eles estão na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename), atualizada a cada dois anos e cuja última edição foi publicada em maio de 2010.

MEDICAMENTO CONTRA HANSENÍASE

Acordo permite transferência de tecnologia para produzir medicamento contra hanseníase.
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e o presidente do laboratório farmacêutico Novartis no Brasil, Alexander Triebnigg, assinaram, na tarde desta quarta-feira (15/12), acordo de transferência de tecnologia para produção nacional do princípio ativo da clofazimina, um dos medicamentos utilizados no tratamento da hanseníase. O princípio ativo será produzido por laboratório oficial brasileiro, a ser definido pelo Ministério da Saúde, e só poderá ser utilizado na rede pública de saúde. A expectativa é que o Brasil domine a tecnologia de produção da clofazimina dentro de cinco anos.