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quarta-feira, 5 de maio de 2010

CÂNCER COLO-RETAL

Conheça os fatores que interferem no surgimento do câncer colo-retal e o que pode ser feito para preveni-lo na entrevista com médico oncologista da Oncomed (Belo Horizonte), Alexandre Chiari. Confira:

1) O que é o câncer colo-retal?

O câncer colo-retal consiste no crescimento desorganizado de células da mucosa do intestino grosso e do reto. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 2009, surgiram 30 mil novos casos da doença no Brasil.

2) Qual a gravidade da doença?

É uma doença curável quando diagnosticada em fase inicial. Em fases mais avançadas, o tratamento deve ser multidisciplinar, com a coordenação de um oncologista clínico que orientará sobre a melhor estratégia de tratamento. Nos últimos anos, ocorreram avanços com o surgimento de novas drogas que agregaram significativo aumento de sobrevida para esses pacientes.

3) A partir de quando devem ser feitos os exames preventivos?

A partir de 50 anos, as pessoas têm mais chances de apresentar a doença, por isso devem se submeter anualmente ao exame de pesquisa de sangue oculto nas fezes para detecção precoce do câncer. Indivíduos com exame positivo devem realizar colonoscopia, exame que detecta lesões ao longo do intestino grosso.
Os pacientes de alto risco, aqueles portadores de doença inflamatória crônicas no intestino ou que tenham histórico familiar de câncer colo-retal, devem fazer o controle de forma particularizada.

4) O que pode ser feito para prevenir a doença?

É de fundamental importância identificarmos fatores de risco para um programa coerente de prevenção primária e diagnóstico precoce da doença. Sabe-se que o câncer colo-retal é causado pela associação de fatores genéticos e ambientais, como por exemplo, os hábitos alimentares e estilo de vida.
Fatores genéticos não podem ser modificados, porém atenção especial deve ser dada aos pacientes que apresentam maior risco de desenvolver a doença, como aqueles que apresentam histórico familiar de câncer colo-retal, doenças inflamatórias crônicas intestinais, como a doença de Crohn e retocolite ulcerativa.

5) E quanto aos fatores ambientais? Como interferem na doença?

Entre os fatores ambientais, ou seja, aqueles podemos modificar, há três condutas em que podemos adotar. A primeira é manter uma dieta rica em verduras, frutas, legumes e pobre em gordura e corantes.

Os corantes são fatores de risco porque liberam nitrosaminas, substâncias reconhecidamente cancerígenas, no intestino.

Deve se ter cuidado também com o consumo de carne vermelha. O alimento é importante na dieta por ser fonte de nutrientes fundamentais, mas deve ser consumido de forma moderada, e a carne gordurosa deve ser evitada. É imprescindível uma dieta equilibrada. Outro dado importante é que a ingestão excessiva e prolongada de bebidas alcoólicas deve ser evitada.

A segunda conduta é a prática de atividade física, que deve ser orientada para cada pessoa de forma particular, por um médico. Estudos clínicos demonstram redução da incidência de câncer colo-retal para as pessoas que praticam atividade física regular. E, por fim, outro dos fatores modificáveis e que apresenta dados importantes na literatura é a manutenção de peso adequado. Pessoas que apresentam peso acima do recomendado apresentam maior risco de desenvolver câncer colo– retal. Em suma, a para prevenir a doença é fundamental uma dieta rica em fibras, atividade física regular e manter-se com o peso ideal.




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