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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

ALCOOLISMO X MEDICINA DE FAMÍLIA

Alcoolismo é preocupação da Medicina de Família e Comunidade.

Pesquisa do Ministério da Saúde aponta que brasileiros estão bebendo cada vez mais, especialmente as mulheres. Dia 18 de fevereiro é o Dia Nacional Contra o Alcoolismo.

De acordo com a pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) do Ministério da Saúde, foi considerado abusivo o consumo de bebidas alcoólicas. Em 2008, o percentual de consumo pela população foi de 19% contra 17,5% em 2007, e de 16,1% em 2006. A pesquisa revela que as mulheres estão bebendo mais. Em 2008, o percentual feminino foi de 10,5%, enquanto que, nos anos anteriores, os indicadores foram menores, sendo de 9,3% em 2007, e de 8,1% em 2006. Entre as capitais, Salvador se destaca com 24,9% de consumo abusivo entre a população, seguida de Belém (PA) e Palmas (TO), ambas com 23,7%. Curitiba registrou o menor número, 17,8%.

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, SBMFC, dr. Gustavo Gusso, vale alertar que é preciso verificar qual é a causa que desencadeou o problema. “Uma morte, desemprego, depressão são fatores que podem levar a pessoa ao consumo descontrolado. Por isso, é fundamental tratar o indivíduo como um todo, que é a grande preocupação do médico de família e comunidade. Um trabalho de uma equipe multidisciplinar juntamente com a participação da família no tratamento pode salvar o paciente”.

Um dos maiores desafios é o alcoólatra reconhecer que precisa de ajuda. “Precisamos ampliar a visão das coisas e solucionar o problema para que não afete sua relação familiar, com o trabalho e a qualidade de vida da pessoa. A sensação de estar sendo cuidado é fundamental; a abordagem familiar, holística e centrada na pessoa pode ajudar o paciente a perceber que o alcoolismo pode ser a consequência e a manifestação de um sentimento de autodestruição que pode levar também ao abuso do tabaco, diabetes, pressão alta dentre outros problemas que também precisam ser tratados”, finaliza Gusso.


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