Os professores do estado encerram hoje a paralisação de três dias contra a enturmação, expediente proposto pela SEC para evitar a discrepância entre números de alunos da mesma série em escolas da rede. Quando uma sala tem uma pequena quantidade de alunos e há outra, da mesma série e turno na escola, com capacidade de receber aqueles, faz-se a enturmação, a junção de duas turmas para se formar uma em que o número de alunos seja aceitável.
O objetivo é garantir uma melhor qualidade de ensino para o aluno, diz a secretaria da Educação. Mas o sindicato (APLB, em Salvador e API/APLB, em Itabuna) vê perigo para os professores. O mais grave seria o risco de ficar excedente.
Em Itabuna, a diretora da Direc 7, a professora Miralva Moitinho, diz que a paralisação seria desnecessária, por não haver motivos que a justificassem. “Não temos enturmação aqui, então, pela lógica, não deveríamos ter paralisação”. Ela diz que esse movimento só teve como resultado atrasar o calendário, que já estava no limite.
“Tínhamos várias escolas para reformar assim que o ano letivo findasse. O governador determinou que essas reformas começassem logo em dezembro, para evitar que no começo do ano letivo de 2010 ainda não tenham sido concluídas”. Segundo a diretora, a Direc já está com tudo planejado para as obras. Até a verba já estaria liberada.
Quanto ao problema da enturmação, ela defende que esta deve ser evitada com planejamento, logo no início do ano. Os diretores devem observar quantos dos alunos matriculados frequentam verdadeiramente as aulas, desligar os que não frequentam, para evitar o que sempre ocorre, a caderneta cheia e a sala vazia.
“E é isso que estamos fazendo na Direc. Isso pode ser feito até o mês de março, com a última etapa da matrícula. Aqui, apenas uma sala foi enturmada, no Ciso. Mas tudo foi feito de forma democrática, com a participação do colegiado. Também não temos professores excedentes”.
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