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sábado, 27 de março de 2010

DOR ABDOMINAL

Dor abdominal pode ser doença crônica. Incômodo na barriga associado ao emagrecimento pode ser sintoma de que as artérias que irrigam o intestino estão obstruídas. Exames modernos e indolores auxiliam o diagnóstico correto e permitem o tratamento adequado para diminuição da dor do paciente.
Dores abdominais são associadas a diversos problemas de saúde, desde um mal-estar passageiro até doenças mais graves. Sem um diagnóstico preciso, encontrar as causas do problema era, há alguns anos, uma tarefa complicada. Com o avanço no diagnóstico por imagem, os exames se tornaram menos invasivos e indolores, possibilitando o tratamento adequado a cada caso.
A médica Sandra Pontes, especialista em Ecografia Vascular e que atua no Angiolab Laboratório Vascular, em Vitória, explica que há várias causas para que uma pessoa sinta dores na região do abdômen, dentre elas, os problemas vasculares. “Os incômodos nessa parte do corpo podem ser manifestados devido a problemas digestivos, intestinais, inflamatórios, entre outros. Apesar de menos frequente, existe também a causa vascular que se dá pela obstrução de um ou mais vasos responsáveis pela irrigação sanguínea nessa área”, afirma.

Dependendo de sua evolução e natureza, a dor abdominal pode ser classificada como aguda ou crônica. A primeira caracteriza-se por ser intensa e repentina, enquanto a segunda tem evolução mais lenta, podendo persistir por anos. Nesse caso, a dor, que geralmente aparece depois da alimentação, vem acompanhada de emagrecimento. “Com a frequência dos sintomas, o paciente desenvolve medo de se alimentar e sentir dor, podendo levar a graus variados de emagrecimento e desnutrição. Decorrente de um insuficiente afluxo sanguíneo no período digestivo, a presença de dor logo após a alimentação, associada ao emagrecimento, é um indício de que as artérias do intestino podem estar obstruídas”, ressalta Sandra Pontes.

Diagnóstico

A dor abdominal crônica ou isquemia mesentérica crônica (também conhecida como angina mesentérica) é pode ser diagnosticada por meio de exames pouco invasivos. Um desses procedimentos é o EcoDoppler colorido (ECD) que avalia se existe obstrução que impeça a circulação adequada nas artérias do intestino. “Ele é um método que não causa desconforto ao paciente e possui margem de acerto superior a 90%. O ECD seleciona também quais indivíduos devem passar por um outro exame, a arteriografia, uma radiografia de visualização direta das artérias”, acrescenta Sandra.


Tratamento

O tratamento do problema pode ser clínico, cirúrgico ou endovascular. Em caso de operação, pode ser feita a desobstrução das artérias por meio de uma cirurgia chamada endarterectomia. Entretanto, nos últimos anos, outra técnica surgiu como modalidade de tratamento e tem apresentado bons resultados: a angioplastia transluminal percutânea. “O método consiste em dilatar a artéria com um balão de angioplastia, com ou sem a utilização de próteses metálicas endovasculares, os chamados stents”, finaliza a médica.


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