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sábado, 29 de agosto de 2009

ESCLEROSE MÚLTIPLA E BOTOX

O próximo domingo, dia 30 de agosto, é o Dia Nacional da Esclerose Múltipla, doença crônica que atinge mais de 2 milhões de pessoas no mundo todo. No Brasil, a incidência é estimada em 10 casos para cada 100 mil habitantes. A doença é o resultado de uma lesão no sistema nervoso central que provoca dificuldades motoras e sensitivas que comprometem significativamente a qualidade de vida.

Apesar de não ter cura, muitos tratamentos podem contribuir para recuperar o bem estar dos pacientes, amenizando sintomas e sequelas. A aplicação da Toxina Botulínica tipo A - o famoso BOTOX®, popular no combate às rugas – é um deles. Muitas pessoas ainda não sabem, mas o medicamento é aprovado no Brasil há 17 anos também para indicações terapêuticas. Em pacientes com Esclerose Múltipla, a substância pode ser usada para tratar espasticidade e bexiga hiperativa, sequelas comuns da lesão.

No caso da espasticidade, o paciente apresenta uma rigidez excessiva da musculatura de determinados membros do corpo, como pernas e braços. Os sintomas variam desde uma leve contração até uma deformidade severa, que afeta a mobilidade e prejudica a realização de atividades corriqueiras como comer, vestir-se, escovar os dentes e até mesmo andar. Já a bexiga hiperativa consiste em contrações involuntárias do músculo da bexiga, fazendo com que a pessoa sinta vontade urgente e repentina de urinar podendo, inclusive, apresentar incontinência urinária. A consequência mais comum é o comprometimento da auto-estima e o isolamento social, que pode, inclusive, resultar em depressão.

Tanto em um caso como no outro, quando aplicada no músculo comprometido, a Toxina Botulínica tipo A promove um relaxamento, minimizando as contrações involuntárias ou atenuando a rigidez da musculatura. Desta forma, combinando a aplicação com um processo de reabilitação multidisciplinar, o paciente consegue melhorar substancialmente sua qualidade de vida.



O tratamento terapêutico com a toxina botulínica é disponibilizado pelo SUS (Sistema Público de Saúde) em hospitais de todo o país e o medicamento é reembolsado pelos planos de saúde (contratos de acordo com a Lei 9656/98).

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