Documento da Organização Mundial de Saúde (OMS) com recomendações aos países sobre o uso de antivirais no tratamento de pacientes infectados com o novo vírus A(H1N1) reforça o protocolo que o Brasil já vem adotando desde julho. Entre as recomendações está a de que “pacientes saudáveis sem doenças complicadoras (comorbidades) não precisam ser tratados com antivirais”.
Recomendação ao uso de antivirais
Recomendação ao uso de antivirais
Genebra, 21 de agosto – A Organização Mundial de Saúde (OMS) está nesta data emitindo orientações para o uso de antivirais no tratamento de pacientes infectados com o vírus pandêmico H1N1. As orientações representam o consenso atingido por meio de um painel internacional de especialistas que se basearam em todos os estudos disponíveis sobre a segurança e eficácia dessas drogas. Foi dada ênfase ao uso do Oseltamivir e do Zanamivir para prevenir os casos graves da doença e as mortes, reduzindo a necessidade de hospitalização e internações.
O vírus pandêmico é atualmente suscetível a ambas as drogas (conhecidas como inibidores da neuraminidase), mas resistentes a uma segunda classe de antivirais (os inibidores de M2). Em todo o mundo, a maioria dos pacientes infectados com o vírus pandêmico continua a apresentar sintomas típicos da gripe comum e em sua maioria se recuperam em uma semana, mesmo sem qualquer forma de tratamento médico.
Pacientes saudáveis sem doenças complicadoras (comorbidades) não precisam ser tratados com antivirais. Em termos individuais, decisões sobre iniciar tratamentos precisam ser baseadas em avaliações clínicas e conhecimento sobre a presença do vírus na comunidade.
Em áreas onde o vírus está circulando amplamente na comunidade, os médicos, no atendimento de pacientes com sintomas de gripe, devem assumir que a causa é o vírus pandêmico. Decisões sobre tratamento não devem esperar por confirmações laboratoriais de infecção do H1N1. Essa recomendação é baseada em relatórios, de várias fontes, que o vírus H1N1 rapidamente se torna uma forma dominante.
Tratamento imediato de casos sérios
Dados analisados no painel indicam que o Oseltamivir, quando prescrito de forma correta, pode significar redução no risco de pneumonia (principal causa de morte para ambas gripes – tanto a pandêmica quanto a sazonal) e a necessidade de hospitalização.
Para pacientes que inicialmente apresentam a forma grave da doença ou cujo estado evolui para uma piora, a OMS recomenda o tratamento com o Oseltamivir o mais rápido possível. Estudos mostram que o tratamento realizado cedo, preferencialmente 48 horas após o aparecimento dos primeiros sintomas, é fortemente associado a uma melhora na evolução clínica.
Para pacientes com o caso severo ou com quadro de piora da doença, o tratamento deve ser providenciado mesmo se iniciado tarde. Onde o Oseltamivir não está disponível ou não pode ser usado por algum motivo, o Zanamivir pode ser administrado.
Essa recomendação se aplica a todos os grupos de pacientes, incluindo mulheres grávidas, e a todos os grupos etários, como crianças e bebês. Para pacientes com condições médicas subjacentes que aumentam o risco de uma manifestação mais severa da doença, a OMS recomenda tanto com Oseltamivir quanto com Zanamivir. Esses pacientes têm também que receber tratamento o mais cedo possível, sem que se espere o resultado dos testes laboratoriais. Como as grávidas estão incluídas nos grupos de grande risco, a OMS recomenda que elas também recebam o tratamento assim que os primeiros sintomas apareçam.
Ao mesmo tempo, a presença de comorbidades não significa necessariamente a existência de casos severos da doença. Em todo o mundo, cerca de 40% dos casos severos da doença têm ocorrido em pessoas anteriormente saudáveis, como crianças, adultos, usualmente com mais de 50 anos. Alguns desses pacientes apresentam súbita e rápida piora em suas condições clínicas, geralmente cinco ou seis dias após o aparecimento dos primeiros sintomas.
A piora clínica é caracterizada por pneumonia viral primária, que destrói o tecido pulmonar e não há resposta a antibióticos, seguida de falência múltipla de órgãos, incluindo coração, rins e fígado. Esses pacientes demandam cuidados intensivos em unidades de UTI, também com antivirais.
Médicos, pacientes e aqueles que demandam cuidados domiciliares precisam estar atentos a sinais de alerta que indiquem progresso para um caso mais grave da doença e indiquem ações urgentes, que podem incluir tratamento com Oseltamivir. Em casos de piora, os médicos devem considerar doses maiores de Oseltamivir e por períodos mais extensos do que os normalmente prescritos.
Antivirais para as crianças
Na sequência da recente publicação de duas análises clínicas, algumas questões têm sido levantadas sobre a conveniência da administração de antivirais para crianças. Essas análises usaram dados que foram considerados pela OMS e por seu painel de peritos quando desenvolveram diretrizes atuais e refletem totalmente essas recomendações.
A OMS recomenda tratamento antiviral para crianças com a forma mais severa da doença e àquelas com risco de complicações. Essa recomendação inclui todas as crianças abaixo de cinco anos, caso essa faixa etária esteja em risco de adquirir a forma mais severa da doença. De outra maneira, crianças saudáveis, com mais de cinco anos de idade, não precisam ser medicadas com antiviral – somente em caso da doença persistir ou piorar.
Sinais de alerta em todos os pacientes
Médicos, pacientes e aqueles que demandam cuidados domiciliares devem ficar alertas a sinais perigosos que podem significar o progresso para um caso mais grave da doença. Como esse progresso pode ser rápido, a atenção médica deve ser procurada quando alguns dos sinais abaixo se manifestarem naqueles confirmados ou com suspeita de infecção pelo H1N1:
- falta de ar, tanto durante atividades físicas ou em descanso
- dificuldade em respirar
- coloração azulada da pele
- expectoração com sangue ou com cor forte
- dor no peito
- estado mental alterado
- febre alta e persistente por mais de 3 dias
- pressão sanguínea baixa
- Em crianças, sinais de alerta incluem respiração rápida ou dificuldade em respirar, falta de atenção, dificuldade de levantar, pouca ou nenhuma vontade de brincar.
O vírus pandêmico é atualmente suscetível a ambas as drogas (conhecidas como inibidores da neuraminidase), mas resistentes a uma segunda classe de antivirais (os inibidores de M2). Em todo o mundo, a maioria dos pacientes infectados com o vírus pandêmico continua a apresentar sintomas típicos da gripe comum e em sua maioria se recuperam em uma semana, mesmo sem qualquer forma de tratamento médico.
Pacientes saudáveis sem doenças complicadoras (comorbidades) não precisam ser tratados com antivirais. Em termos individuais, decisões sobre iniciar tratamentos precisam ser baseadas em avaliações clínicas e conhecimento sobre a presença do vírus na comunidade.
Em áreas onde o vírus está circulando amplamente na comunidade, os médicos, no atendimento de pacientes com sintomas de gripe, devem assumir que a causa é o vírus pandêmico. Decisões sobre tratamento não devem esperar por confirmações laboratoriais de infecção do H1N1. Essa recomendação é baseada em relatórios, de várias fontes, que o vírus H1N1 rapidamente se torna uma forma dominante.
Tratamento imediato de casos sérios
Dados analisados no painel indicam que o Oseltamivir, quando prescrito de forma correta, pode significar redução no risco de pneumonia (principal causa de morte para ambas gripes – tanto a pandêmica quanto a sazonal) e a necessidade de hospitalização.
Para pacientes que inicialmente apresentam a forma grave da doença ou cujo estado evolui para uma piora, a OMS recomenda o tratamento com o Oseltamivir o mais rápido possível. Estudos mostram que o tratamento realizado cedo, preferencialmente 48 horas após o aparecimento dos primeiros sintomas, é fortemente associado a uma melhora na evolução clínica.
Para pacientes com o caso severo ou com quadro de piora da doença, o tratamento deve ser providenciado mesmo se iniciado tarde. Onde o Oseltamivir não está disponível ou não pode ser usado por algum motivo, o Zanamivir pode ser administrado.
Essa recomendação se aplica a todos os grupos de pacientes, incluindo mulheres grávidas, e a todos os grupos etários, como crianças e bebês. Para pacientes com condições médicas subjacentes que aumentam o risco de uma manifestação mais severa da doença, a OMS recomenda tanto com Oseltamivir quanto com Zanamivir. Esses pacientes têm também que receber tratamento o mais cedo possível, sem que se espere o resultado dos testes laboratoriais. Como as grávidas estão incluídas nos grupos de grande risco, a OMS recomenda que elas também recebam o tratamento assim que os primeiros sintomas apareçam.
Ao mesmo tempo, a presença de comorbidades não significa necessariamente a existência de casos severos da doença. Em todo o mundo, cerca de 40% dos casos severos da doença têm ocorrido em pessoas anteriormente saudáveis, como crianças, adultos, usualmente com mais de 50 anos. Alguns desses pacientes apresentam súbita e rápida piora em suas condições clínicas, geralmente cinco ou seis dias após o aparecimento dos primeiros sintomas.
A piora clínica é caracterizada por pneumonia viral primária, que destrói o tecido pulmonar e não há resposta a antibióticos, seguida de falência múltipla de órgãos, incluindo coração, rins e fígado. Esses pacientes demandam cuidados intensivos em unidades de UTI, também com antivirais.
Médicos, pacientes e aqueles que demandam cuidados domiciliares precisam estar atentos a sinais de alerta que indiquem progresso para um caso mais grave da doença e indiquem ações urgentes, que podem incluir tratamento com Oseltamivir. Em casos de piora, os médicos devem considerar doses maiores de Oseltamivir e por períodos mais extensos do que os normalmente prescritos.
Antivirais para as crianças
Na sequência da recente publicação de duas análises clínicas, algumas questões têm sido levantadas sobre a conveniência da administração de antivirais para crianças. Essas análises usaram dados que foram considerados pela OMS e por seu painel de peritos quando desenvolveram diretrizes atuais e refletem totalmente essas recomendações.
A OMS recomenda tratamento antiviral para crianças com a forma mais severa da doença e àquelas com risco de complicações. Essa recomendação inclui todas as crianças abaixo de cinco anos, caso essa faixa etária esteja em risco de adquirir a forma mais severa da doença. De outra maneira, crianças saudáveis, com mais de cinco anos de idade, não precisam ser medicadas com antiviral – somente em caso da doença persistir ou piorar.
Sinais de alerta em todos os pacientes
Médicos, pacientes e aqueles que demandam cuidados domiciliares devem ficar alertas a sinais perigosos que podem significar o progresso para um caso mais grave da doença. Como esse progresso pode ser rápido, a atenção médica deve ser procurada quando alguns dos sinais abaixo se manifestarem naqueles confirmados ou com suspeita de infecção pelo H1N1:
- falta de ar, tanto durante atividades físicas ou em descanso
- dificuldade em respirar
- coloração azulada da pele
- expectoração com sangue ou com cor forte
- dor no peito
- estado mental alterado
- febre alta e persistente por mais de 3 dias
- pressão sanguínea baixa
- Em crianças, sinais de alerta incluem respiração rápida ou dificuldade em respirar, falta de atenção, dificuldade de levantar, pouca ou nenhuma vontade de brincar.
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