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sexta-feira, 21 de agosto de 2009

MINISTÉRIO DA SAÚDE APRESENTA NOVO MEDICAMENTO PARA TUBERCULOSE

Ministério reúne coordenadores dos programas estaduias de controle da doença para orientar sobre o uso do esquema terapêutico que chega este mês ao Brasil.

O Ministério da Saúde reúne hoje (20), em Brasília, os coordenadores dos programas estaduais de controle da tuberculose para discutir e orientar a implantação de um novo esquema terapêutico para o tratamento da doença. A novidade foi anunciada pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante a abertura do 3º Fórum Mundial de Parceiros Stop TB, no Rio de Janeiro, em março deste ano. O novo medicamento é o DFC (dose fixa combinada) ou “quatro em um”, como é popularmente conhecido, deve contribuir para o aumento da taxa de adesão dos pacientes com a doença ao tratamento e, consequentemente, melhorar o índices de cura.
A vantagem do tratamento é que ele vai aumentar o número de drogas de três para quatro em um mesmo comprimido e, assim, reduzir a quantidade de doses diárias. Até setembro, o Ministério da Saúde receberá o primeiro lote do produto, com 20 milhões de comprimidos, quantidade suficiente para tratar os mais de 70 mil novos casos da doença.
Durante o encontro em Brasília, será apresentado aos técnicos das Secretarias Estaduais de Saúde a importância dessa estratégia, detalhes de como será feito o repasse de lotes de comprimidos e de como e quando serão os treinamentos das equipes das unidades de saúde que atendem os pacientes com tuberculose. O tratamento da tuberculose dura seis meses, sendo que o DFC será dado ao paciente nos primeiros 60 dias da terapia. O restante do tratamento será feito com duas das quatro drogas em um mesmo comprimido, mais conhecido com “dois em um”, já usado nos tratamentos atuais. A mudança deve aumentar a adesão dos pacientes ao tratamento e elevar os índices de cura.
Atualmente, 8% dos pacientes que iniciam o tratamento abandonam a terapia, o que pode tornar o bacilo de Koch, causador da tuberculose, resistente às drogas. A meta do Brasil é reduzir a taxa de abandono para menos de 5%, parâmetro usado pela Organização Mundial da Saúde. “Nosso objetivo é detectar a tuberculose precocemente e tratar rapidamente o paciente”, afirma o coordenador do PNCT, Draurio Barreira. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 22 países concentram 80% dos casos de tuberculose no mundo. Nos últimos três anos, o Brasil passou da 14ª para a 18ª posição no ranking mundial de casos da doença, o que significa que as ações de controle estão sendo eficazes.
Esse dado significa que o Brasil melhorou a posição. Isso porque quanto maior a colocação do país no ranking, melhor é a situação epidemiológica da doença.Em relação à incidência, que é calculada com base no número total de casos em relação a cada grupo de 100 mil habitantes, o país ocupa o 108º lugar. No Brasil, a doença é a 4ª causa de mortes por doenças infecciosas e a 1ª em pacientes com aids.


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